A MATRIZ DE TODAS AS COISAS

Só para constar. Somos deuses e somos mortais, somos possíveis e impossíveis, somos sonhos e realidade.

No sonho somos tudo: vítimas e vilões, deuses e multidão, heróis e mortais. Somos todos, somos um, somos nada, somos pó. Adoecimento e milagre.

Quando lutamos na passagem de como agimos, definimos quem somos, ou melhor, quem viramos. Vítimas ou vilões. Nesse momento nada percebemos e seguimos de olhos vendados enganados pela certeza, quando na verdade fomos ludibriados pelo destino.

Mas basta pensar na nossa mãe, seja ela mãe ou pai, nossa matriz enfim, que só é ela, pois, nos dá amor, compreensão e apoio, para entender que esse é o caminho que devemos traçar. 

Somos um, somos todos, somos tudo e nada ao mesmo tempo. Somos o tempo, somos o segundo, o minuto e a hora que já passou e a que não passa.

Somos a vida e a morte. Assassinos e bandidos, vítimas de nós mesmos por nos vingarmos de quem nos fez mal. Agora entendo porque Jesus disse: ‘’ao ser agredido, dai a outra face’’. Nada mais é do que seguir o caminho da compreensão e assim poder apoiar os outros, que como nós, têm defeitos e momentos de fraqueza. Assim, ao invés de rejeitarmos aquele que nos ameaça, devemos entendê-lo e ajudá-lo a voltar ao rumo, ao caminho.

Nem sempre temos força ou vontade de seguir esse caminho. Então nos rebelamos, deixando que nossos impulsos mais vis nos tomem conta.

Quando voltamos ao caminho pleno e já estamos fortes, basta paz de espírito para ao olharmos para trás, percebemos o erro e uma vontade enorme de se corrigir. Mas às vezes é tarde. Pois decidimos sobre nós e nunca sobre outros.

 O sentido de: ‘’ao ser agredido, dai a outra face’’, simplifica, do conflito de sermos agredidos, termos paz para agirmos com compreensão e apoio, fazendo esse se unir a nós, nos fortalecendo e nos dando forças para que continuemos com nosso caminho, sem pecados, pesadelos, adoecimento e morte.

Porém, é preciso também dizer, que só morrendo, adoecendo, se torna outra coisa que seu passado já diz. Aprender com os erros se torna ainda mais importante do que nunca ter sequer errado.

Somos deuses e quando perdoamos de coração, como uma mãe perdoa seu filho, voltamos a ser mais que um deus, nos tornamos ela: a matriz de todas as coisas, o começo, o fim e o meio.

Por isso entendo que só a compreensão e o apoio de coração aberto, são eles, o amor, e este nos dá tanta satisfação e bem de espírito.

Ao mesmo tempo, não se deve forçar nada. Compreender é uma coisa, forçar é outra. Seja quem tu és leve contigo este ensinamento, mas saiba: a matriz é você.

  

  

Texto de: Renê Paulauskas